30 de abril de 2008

Doce Amor

As vezes me pego lembrando da irresistível e incontrolável atração que me domava, sempre que à via passando ao meu lado, batia-me o coração intensamente, tão forte que não sentia o meu próprio corpo. A sua presença me confortava, como uma mãe que conforta o filho enfermo, e em tua simples existência, um desejo de possui-la crescia dentro de mim.

A minha vida mudou, depois que te conheci, os dias ficaram mais curtos, as flores, os rios e a terra mais bonitos, as pessoas mais alegres, inclusive eu, tudo ao meu redor parecia está em uma harmoniosa e perfeita sincronia. Acreditava eu, ser invencível, que ao teu lado nada poderia me abalar e que nós seriamos eternos.

Então veio a tristeza, você traiu a minha confiança e me trocou por um outro amor, mais forte e intenso, se é que poderia existir um relacionamento melhor que o nosso. Como se não bastasse a dor de tê-la perdido, ainda descobri que, devido ao nosso amor sem cuidados, adquiri uma doença sem cura.

Agora, deitado nessa cama de hospital, vítima de diabetes, desfaleço em meio a tanto outros enfermos que, como eu, estão aqui por à terem amado demais. Mas não à culpo, pois ainda te amo, com todas as minhas forças, ó doce e suculenta barra de chocolate.

28 de abril de 2008

18 de abril de 2008

Aqui Não é o Butantan, Não

Sou filho de um funcionário público, agente de saúde para ser mais exacto, e uma das funções que o meu pai exerce é a de recolher todos os exemplares do mosquito da dengue e do barbeiro, aquele insecto causador da doença de chagas, que sejam encontrados no bairro, feito isso, os parasitas são levados para o centro de saúde da nossa cidade aonde serão examinados. Por isso, quando alguém encontra um mosquito ou barbeiro, imediatamente é entregue à responsabilidade dos agentes de saúde.

Certa vez, lembro-me que veio até a nossa porta uma senhora que dizia ter capturado uma cobra em sua casa, e como boa cidadã que era, resolveu entregar a cobra às autoridades competentes. O problema era que aquela senhora tinha ido ao lugar errado, pois quem cuidava de serpentes e outros bichos era o zoológico e não o meu pai. Depois de ouvir toda a historia da captura da daquela serpente, tentei explicar à senhora que o trabalho do meu pai não envolvia nenhum animal peçonhento.

A mulher ficou sem saber o que fazer com o pobre do "bichinho" e eu vendo a situação em que ela se encontrava decide ajudar. Falei que mesmo não sendo minha obrigação, iria ficar com o animal e lhe daria um fim. Então a mulher me entregou uma pequena garrafa onde aprisionara a cobra e com muita cautela a recebi enquanto perguntava perguntava-lhe qual a espécie da dita cuja - Acho que é coral... - ela respondeu.

Puta que pariu, foi o que pensei quando ouvi a palavra "coral". Mas que mulher maluca. Capturar um dos animais mais perigosos do Brasil sem o auxilio de nada. Isso só podia ser coisa de uma pessoa no mínimo muito corajosa, mentalmente desequilibrada ou suicida. E acho que aquela senhora era tudo isso e quem sabe algo mais.

16 de abril de 2008

Vamos Desenhar

Apontada como a nona arte, as histórias em quadrinhos é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos. São, em geral, publicadas no formato de revistas, livros ou em tirinhas (minhas favoritas). Abaixo, uma tirinha criado por este que vos fala.


14 de abril de 2008

Minha Caligrafia

Todo mundo fala que todo canhoto tem a caligrafia bonita, mas isso não é verdade, pois apesar de ser legível, digamos que a minha letra não é lá, uma das sete maravilhas do mundo. Por isso, desde da quarta série, eu uso a letra de forma para escrever tudo.

Não tive problemas até o dia que soube que a universidade na qual eu pretendia ingressar, não permitia a utilização da letra de forma em seu vestibular. Já não bastasse ter uma caligrafia péssima, ainda tive que mudar, e novamente escrever na forma manuscrita.

O desafio estava lançado, tinha que melhorar o meu modo de escrever, em curto espaço de tempo, sem que a qualidade e legibilidade da letra diminuísse ainda mais. Não pensei duas vezes, comprei um caderno de caligrafia, daqueles que se compram para crianças, e fiquei treinando até o vestibular.

Quando o grande dia chegou, tratei de ficar calmo e resolvi a prova sem grande problema. Tentei escrever da melhor maneira possível, a minha caligrafia não ficou bonita, mas estava legível o suficiente para qualquer pessoa ler.

7 de abril de 2008

O Ser Humano

Ah... O ser humano, considerado o animal mais inteligente da face da terra, ao mesmo tempo que é o único, e idiota suficiente para destruir a si próprio. Bicho tão complexo igual a esse não existe, ou pelo menos ainda não me apresentaram um que estivesse à sua altura.

Ser homem é saber diferenciar o certo do errado, é se adaptar, na terra, no céu, na água, modificando o seu ambiente da forma que lhe convêm. Não temos asa, mas voamos, não temos barbatanas, mas sabemos nadar, não somos os mais fortes, mas sabemos nos defender.

Roubar aqueles que nos cercam, matar por motivos fúteis, enganar, mentir e destruir a própria vida, também é ser humano. Afinal, nunca vi outro animal que fizesse essas coisas além de nós e que soubesse que estaria destruindo a própria casa, mas não fizesse nada para reverter a situação.

3 de abril de 2008

Desculpe, Foi Engano

A tarde, estava eu, sentado de frente ao computador, olhando fixamente para tela e pensando no que escrever, não tive nenhuma boa ideia. Foi então que o telefone tocou, e do outro lado da linha, uma voz grossa e que aparentava ser de um idoso se apresentou como um tal de João da Mata e queria saber o que tinha acontecido com a sua mercadoria.

Respondi que ele tinha ligado para o lugar errado, logo ele pediu desculpas e desligou. Baixei o fone e voltei para o meu improdutivo texto. Alguns minutos depois, o telefone tocou novamente, atendi e era a mesma voz dizendo que chamava-se João da Mata e estava procurando a sua mercadoria. Tentei explicar à aquele senhor que ele estava ligando para o número errado, e de novo ele pediu desculpas e que disse que não iria mais ligar para mim.

Baixei o fone e fiquei esperando a próxima ligação daquele individuo. O telefone toca novamente, e já irritado levanto o fone do gancho e pergunto se é o tal de João da Mata, ele confirma e pergunta pela sua encomenda. Com um tom de irritado lhe digo que novamente ele ligou para a minha casa e que por favor parece de me incomodar.

Nunca tinha conhecido uma pessoa tão insistente, e que tivesse a cara-de-pau de ligar para o local errado tantas vezes. Para o bem da minha frágil saúde mental e daquele sujeito que tanto preocupava-se com a sua encomenda, pensei em tirar o telefone do gancho. E foi o que fiz.